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domingo, 27 de março de 2011

DECADÊNCIA CULTURAL

Vivemos tempos difíceis mesmo. Talvez fosse melhor dizer críticos. E também não é questão de saudosismo, não; mas a questão é que o gosto cultural de nosso povo está em decadência galopante.
Vemos este fenômeno principalmente no que concerne ao gosto musical dos últimos anos. A impressão que dá é que as músicas mais lindas e bem trabalhadas que encontramos são somente regravações. Pois é fato e é verdadeiro: as melhores músicas, tanto nacionais quanto internacionais, foram as dos anos 80 e metade dos anos 90.
Você quer uma prova desta decadência cultural?
Ei-la: no programa do Faustão deste Domingo a música (música?) Rebolation foi uma das que concorreram como a melhor música do ano.
Não. Eu não assisti ao programa, porque para mim este é mais um daqueles programas pasteurizados que estão concorrendo ao prêmio Nobel de química deste ano, ou seja, o programa que melhor transforma o Domingo em merda primeiro. Eu recolhi esta “bela” notícia dos jornais.
Nada contra quem curte este tipo de som para dançar, dar uns pulinhos no carnaval, ficar pagando mico em festas ou coisa parecida; agora, eleger isto como supra-sumo da música brasileira, é forçar a barra.
Meteoro de Luan Santana, a que ganhou como melhor música, não foge a regra. Mas salvou o dia por não deixar o Brasil com cara de trouxa para o mundo ver.

Tudo isto tenho dito diante de Deus, dos Homens e dos Anjos, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi
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sexta-feira, 18 de março de 2011

O DEUS DAS CALAMIDADES

Sempre quando ocorre alguma catástrofe, seja ela natural ou provocada pelas mãos do homem, surgem reflexões sobre a ação ou omissão de Deus em tais eventos. Causou frenesi na Net um texto escrito pelo Pastor Evangélico Ricardo Gondim, Presidente da Assembléia de Deus Betesda, onde questiona a soberania de Deus frente ao tsunami ocorrido no Japão.
Para o teólogo, Deus não está em controle de tudo e acredita em “um Deus de amor,” sem permitir ou interferir em uma tragédia.
O modelo teológico que coloca Deus no controle de um tsunami também o responsabiliza por Asuschiwits(sic), Ruanda, e pelo estupro da esquina”, afirmou ele em seu microblog.
Eu entendi muito bem a postura do Pr. Ricardo, contudo, faltou para ele um pouco de reflexão filosófica, aliás, como falta para a maioria dos Cristãos Evangélicos usar um pouco da razão que Deus lhe deu.
Ora, esta reflexão vem um pouco atrasada. No século dezoito, filósofos agnósticos como Voltaire, questionavam o seguinte diante das tragédias: ou Deus quer evitá-las mas não pode ou pode evitá-las mas não quer. Se quer e não pode, não precisamos de um Deus impotente desses; se pode mas não quer, estamos sim diante de um diabo cruel. Acontece que na época os Cristãos não souberem  refutar com maestria estes argumentos dos pensadores do Iluminismo. O que, ao contrário, temos condições de fazer hoje.
Nosso Deus é um Deus de Amor e Misericórdia? Sim, é. Mas também é um Deus que respeita o livre-arbítrio que deu ao homem. Se você quer experimentar pular de seu prédio de 10 andares, com penas de pássaro coladas em seu corpo, Deus pode de alguma forma lhe dar o devido conselho para não fazê-lo, pela intuição espiritual ou através de algum amigo. Porém, ele não pode impedir sua ação sem infringir seu livre-arbítrio. Como Ícaro, você cairá e fatalmente morrerá por meio de sua façanha. O mesmo ocorre com as ações coletivas, em grupos, cidades ou nações.
Os homens se esquecem facilmente de suas ações. Eles explodem e fazem experiências com bombas nucleares no fundo do mar. Não foi na Ásia que fizeram uma experiência no ano passado? Não querem explodir na superfície para não causar estragos e mortes, mas explodem no mar, causando tudo isto. Acontece que estas explosões abalam a estrutura geológica dos mares e da superfície. O resultado destas ações não tardam a aparecer. É que estão colhendo o fruto de uma semente plantada há muito tempo atrás. Quanto a este assunto é bom sempre recordar que de Deus não se zomba: o que o homem semeia isto ele colherá (Gl 6, 7).
Não podemos esquecer aqueles que evocam a questão do castigo.
É certo não podermos negar que muitas vezes o homem, ao ser infiel aos desígnios divinos e em decadência moral, fica à mercê da fúria dos elementos da natureza, esta sim cumpridora destes desígnios. Ou seja, nada tem a ver com castigos de Deus, mas sim com a reação da Vida para com os desmandos do homem.
O Deus em quem acredito e sirvo não se presta a este papel. É que com algumas posturas e atitudes o homem se afasta de Deus e fica em desarmonia com todo o Cosmos, se colocando a mercê das leis naturais e subalterno aos seus elementos. Ferindo a Ordem Eterna o homem se coloca à mercê do julgamento natural, o que é muitas vezes referido nas Santas Escrituras como a “Ira” de Deus.
Contudo, vejo que a principal causa destas tragédias fica por conta de nossas ações irresponsáveis em relação ao nosso habitat natural. Existe um adágio popular que diz: “Deus perdoa sempre, o homem às vezes e a natureza, nunca”! Ou seja, a natureza reage às nossas ações. Nós invadimos a natureza sem planejamento e sem responsabilidade. Agora pagamos a conta por tudo isto.
No entanto, para aqueles que não seguem um caminho de verdadeira espiritualidade ou seguem apenas os sofismas da mente humana, as calamidades se tornam uma grande decepção para com Deus.
E o Senhor vai permitir isto tudo para que seus filhos tirem destes eventos calamitosos algumas lições básicas da vida. E a partir daí o “por que?” se transforma em “para que?”
Ou seja, não aconteceu esta calamidade porque fizemos ou deixamos de fazer isto ou aquilo, mas aconteceu para que refletíssemos em como está nossa relação para com o Senhor de toda a Vida.
Que a sociedade atingida se avalie como um todo sobre o que pode ser aprendido com todo o ocorrido e que cada um individualmente também faça o mesmo.
Que coisa maravilhosa foi ver a Solidariedade Cristã demonstrada pela população mundial para com o Japão. Chegando ao ponto dos EUA, país que enviou para aquele povo duas bombas de morte na Segunda Grande Guerra, enviar o maior contingente de ajuda. Só isto já vale a pena a superação de todo este sofrimento.
Quanto aos que partiram para o Além nesta tragédia, Deus saberá acolher os seus. Pois não fomos criados para este dimensão material, mas para o Reino que não é deste Mundo.
Meu Deus e vosso Deus não é o Deus das calamidades.

Tudo isto tenho dito diante de Deus, dos Homens e dos Anjos, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi

Palavas Chave: Tsunami, Japão, Castigo, Ação de Deus
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domingo, 13 de março de 2011

Você Reza ou Ora?

Por Julio Zamparetti

Devido a minha postura assumidamente ecumênica, algumas pessoas evangélicas me perguntam, você reza ou ora? Prontamente lhes respondo: rezo e oro.
Eu tanto rezo quanto oro porque, em primeiro lugar, rezar e orar são sinônimos desde suas raízes latinas: orar vem do termo orare que significa pronunciar uma fórmula ritual, oração, frase, enquanto rezar vem do latim recitare de onde temos o verbo recitar que significa dizer (orar) em alta voz.
No Brasil criou-se por parte dos evangélicos a distinção entre os termos, conotando-se a palavra rezar para o ato de se fazer orações decoradas. Ironicamente, as orações recitadas não sofrem, por parte destes, qualquer relação com o termo rezar. O hábito de recitar salmos e versículos lhes é comum, porém, mesmo fazendo, não admitem que estão rezando!
À palavra orar foi dado o sentido de fazer orações espontâneas. Entretanto, o sentido original da palavra, que é pronunciar, permite que o termo também seja relacionado ao ato de proferir orações previamente estabelecidas e até mesmo decoradas.
Alguns argumentam que as orações decoradas não expressam o sentimento do coração. Este é, na verdade, um problema muito sério, que jamais seria resolvido com orações espontâneas. Pois não são as palavras que fazem autênticas as orações, mas sim o Espírito em que se ora. Neste ínterim, podemos comparar a oração à música, onde na maioria das vezes a melhor interpretação não se dá pelo compositor. É comum vermos intérpretes expressarem muito mais sentimento e originalidade que o próprio autor da música.
Eu gosto de recitar (rezar) Salmos, o Pai Nosso e outros textos bíblicos. Tenho alguns deles decorados e comumente os uso em meus devocionais. Honestamente, me acho incapaz de fazer orações melhores que estas. É nas Escrituras Sagradas que encontro as mais perfeitas expressões dos sentimentos de minha alma.
Também gosto de recitar, repetidas vezes, versículos e orações breves. Há quem condene isso por dizer se tratar de “vãs repetições”, tal qual descritas por Jesus em Mateus 6.7. O problema dessa acusação é que ela não expressa a verdade que Jesus estava retratando. Jesus não estava criticando as orações repetidas, mas sim o pensamento de quem deseja impor sua própria vontade sobre a vontade de Deus através de muitas palavras. O que Jesus está dizendo é que é o espírito do orador e não as palavras proferidas que torna as repetições vãs. E neste aspecto podemos dizer sem medo de errar que muitas orações espontâneas não passam de vãs repetições. E haja repetições de “aleluias”, “glórias a Deus”, “louvado sejas” e glossolalias para preencher o tempo de oração! Pois pensam que pelo tempo que gastam e seu muito falar serão ouvidos por Deus.
Não há nada de errado em orar/rezar repetidamente. O erro está em nossas motivações que fazem com que as repetições e qualquer forma de oração tornem-se vãs. O próprio Jesus ensinou a pedir repetidamente, de forma insistente, conforme vemos em Lucas 11.5-8. Se isso já não bastasse, Ele mesmo orou repetindo, por aproximadamente três horas, as mesmas palavras:

“E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras (Mateus 26.39,42,44).

Seja recitando, rezando, declamando, orando, cantando, clamando ou agradecendo de forma espontânea, lida ou decorada; em pensamento, falando ou se calando: achegue-se a Deus e Ele se achegará a você.
Fonte: http://juliozamparetti.blogspot.com/

N'Ele, que rezava e orava ao Pai, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi
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quarta-feira, 9 de março de 2011

Vestido de Saco e Cinzas

Os que estudam a tradição espiritual judaico-cristã sabem que, no Antigo Testamento, os Judeus tinham um período anual no qual realizavam algumas práticas rituais de purificação dos pecados, um momento forte de penitência de todo o povo diante do Senhor. O período era chamado Yon Kippur e uma das práticas rituais era a tradição que levava o penitente a se vestir de “saco e cinzas”. Na verdade, se consistia em um gesto simbólico, retratando uma postura interior de arrependimento, de conversão (metanóia), afirmando que nada somos sem contarmos com a Misericórdia do Senhor.
Os primeiros cristãos observavam com grande devoção os dias da paixão e ressurreição de nosso Senhor, e se fez costume na Igreja preparar-se para esses dias por meio de um período de penitência e jejum, durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa da Ressurreição, imitando Jesus que orou e jejuou por quarenta dias antes de iniciar sua missão. Este período da Quaresma proporcionava a ocasião na qual os catecúmenos eram preparados para o Santo Batismo. Era a ocasião, também, para que todos os que se haviam separado do corpo dos fiéis por causa de pecados notórios, pudessem ser reconciliados por meio da penitência e do perdão, reingressando à comunhão da Igreja.
É evidente que penitência, jejum e oração devem ser práticas constantes na vida de um Cristão e não somente no período da quaresma. Contudo, vejo como salutar para a disciplina dos crentes um período forte de preparação, não só para bem comemorarmos a Páscoa do Senhor, mas principalmente para que a Ressurreição de Cristo Jesus se faça real em nossas vidas. A Igreja Católica Ortodoxa e a Igreja Católica Romana desde sempre continuaram com esta prática, seguida por outras Igrejas como a Anglicana e a Galicana.
 
Tudo isto tenho dito diante de Deus, dos Homens e dos Anjos, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi
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sexta-feira, 4 de março de 2011

Vamos festejar a Carne

Sim, de novo estamos em época de carnaval.
E vamos festejar a carne enquanto ainda a temos, dizem os homens carnais. 
E para quem ainda não sabe, embora exista muita especulação sobre isto, a palavra “carnaval” vem de "carne vale", significando "adeus à carne". O termo caiu bem na Idade Média porque durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares, antecedendo o período da Quaresma da Igreja Católica, durante o qual não se permitia mais festas e prazeres carnais.
A Quaresma foi instituída como um período forte de oração, jejum e abstinências. Resultado: os cristãos da época, em sua maioria apegados às tradições humanas e pouco convertidos a Cristo, fizeram com que a festa que antecedia a quaresma virasse a oportunidade de despedida dos gozos carnais. Assim sendo, por uma dessas ironias da linguagem, a festa do “adeus à carne” na verdade ficou sendo a “festa da carne”.
A Igreja permitiu e virou tradição. Assim como para a maioria dos católicos acabou virando tradição também o seguinte: depois de muito pular, beber, se “chapar”, se prostituir, muitos pensam que basta ir à Igreja e receber as cinzas para ficarem com a consciência apaziguada. E veja só o cúmulo do ridículo e da ignorância espiritual: aproveitar bastante o pecado antes de fazer uma boa penitência. Isto é um horror aos olhos do Deus vivo e Santo.
E não vão pensar os Evangélicos que isto é coisa só de Católicos. Muitos crentes depois de assistirem o carnaval, pular e se divertir, buscam outra denominação e se batizam novamente, ou seja, se entregam pra Jesus e tudo fica bem de novo.
E durante muitos séculos o carnaval tem sido na verdade a festa do inferno. Pois somente no reino das trevas é que se festeja um período onde ocorre a perda de tantas almas. E quem ainda não parou para pensar neste fato é bom lembrar de algumas coisas. Aproximadamente nove meses após o carnaval é o período onde mais nascem filhos de mães solteiras, ou filhos bastardos de mulheres casadas que traíram os maridos. Três meses depois há um aumento no número de abortos. Aumenta ainda o número de viciados em drogas. Ora, o que mais é preciso para se jogar a alma no precipício?
Muitos Cristãos Autênticos hoje, de diversas denominações, fazem retiros ou acampamentos neste período, a fim de se aproximarem mais do Senhor, reparando as ofensas feitas a Ele por aqueles que deveriam ser o Templo do Espírito. Eu mesmo já fiz alguns.
Espero que o leitor seja um daqueles que buscam o Senhor nestes dias de festa profana. Caso ainda não seja, repense sua vida, pois está escrito: Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem os ladrões, herdarão o reino de Deus (I Cor. 6, 9). Ou seja, nenhum daqueles que participam das coisas que são festejadas no carnaval.
 
N'Ele, que teve sua carne rasgada para nos salvar, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi
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