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terça-feira, 12 de julho de 2011

Deus não é Velho e nem Barbudo

O século XVIII ficou conhecido como o século das Luzes, por causa do enaltecimento da Razão que nele se deu. A partir dele que se tornou direito humano a liberdade de pensamento e expressão. Qualquer pessoa pode expressar sua mais humilde opinião. Contudo, quem expressa sua opinião deve estar ciente de que, pela mesma liberdade de expressão, poderá receber críticas contrárias.
Escrevo isto porque exporei algumas críticas em relação a um assunto um tanto delicado, vamos dizer assim.
De vez em quando eu fico absurdado (um termo que inventei significando “tocado pelo absurdo”) quando ouço algumas ideias que as pessoas tem de Deus. Quando você conversa com algumas pessoas que se consideram Cristãs e que hoje estão filiadas a muitas Igrejas – que nada mais são do que seitas religiosas –, percebe claramente a ideia de Deus que elas tem: um velho barbudo, sisudo, pronto para comandar e para te ferrar caso você faça alguma safadeza.
A ideia que tenho de Deus hoje é bem diferente desta dos tempos de infância.
Quando se fala que Deus é Espírito significa que Ele é a Fonte Inefável de todas as cosias, Inominável, Imperceptível pelos sentidos e sem forma. A Consciência Primordial da qual emana todas as consciências. Um Princípio que rege tudo por meio de Ordem e Leis. E não um boneco barbudo que nada mais é que projeção do modelo paterno que o homem tem; que fica interferindo em todos os assuntos cotidianos.
Mas então qual a relação que há entre este Deus e a humanidade?
Embora Uno, o Homem tem em seu Ser uma divisão tripartida, ou seja, seu Ser é formado por Espírito, Alma e Corpo.
O corpo é a parte mais próxima de nós, a que primeiro conhecemos e sentimos após nosso nascimento neste mundo material.
A Alma é o campo dos pensamentos, dos sentimentos e da parte psíquica da Mente. É o campo do Eu racional, do Eu que decide e que faz.
O Espírito é o poder vivificador, o que dá Vida ao Ser. Podemos dizer que é o EU Maior do homem. Isto equivale a dizer que é o seu Verdadeiro Ser.
Muitas vezes o Espírito é entendido como o alento, o élan vital presente no corpo. Tanto é que em casos de morte, muitos dizem: “fulano deu o último suspiro”. Ele é assim entendido porque tanto no grego como no hebraico antigos, a palavra Espírito também é usada para designar sopro ou vento, além de fôlego.
No princípio formou Deus o homem do barro da terra e soprou em suas narinas, e o homem se tornou uma alma vivente (Gn 2, 7).
Esta simples frase oculta em si conhecimentos profundos sobre o homem, que são revelados àquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Assim sendo, o Espírito é a centelha divina no Homem. É por meio dele que cada pessoa tem um relacionamento com a Fonte Primordial, com Deus.
A questão é que a maioria dos homens sequer suspeita da existência do Espírito, quanto mais buscar um relacionamento com ele. Este relacionamento se dá melhor por meio da Oração, Contemplação ou Meditação, num clima de silêncio e serenidade.
Deus, a Fonte Primordial se relaciona e cuida do homem?
Sim. Mas não como um diretor de teatro controla seus fantoches. Ele se relaciona e cuida do homem por meio do Espírito, a Consciência Espiritual que nele está.
N'Ele, O Princípio, para sua maior Glória. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi

1 comentários:

Gi Zamai disse...

Sabe amigo, seu texto parecia ser dito por mim, tanto que concordo. Tenho um Deus que não é velho, nem barbudo, menos ainda tirano. Ele é meu amigo, minha força, minha estrutura, Habito Nele e Ele em mim, as escolhas sou eu quem faço, arco com as consequências, Ele me ama como sou e é minha direção.Não o amo porque sou obrigada, amo porque meu sentimento é verdadeiro e melhor ainda: Recíproco. Beijo grande

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