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domingo, 5 de setembro de 2010

Eu Sou um Highlander

Tenho algo a dizer a todos os meus seguidores aqui deste Blog. Por favor leiam até o final, mesmo que levem um susto já nas primeiras linhas. Mas eu até entenderei, pois uma coisa dessas é difícil mesmo de acreditar.
É que eu tenho uma revelação a fazer.
Na verdade, eu sou um tipo Highlander Cristão. Sabe, aquele cara que é quase imortal.
Apresso-me a dizer que em hipótese alguma sou aquele que Jesus disse que viveria até sua volta a este mundo. Não.
Minha quase imortalidade começou trinta anos após a Ressurreição de Nosso Senhor. E começou justamente por causa dela, é o que vim saber bom tempo depois. Não conheci Jesus em corpo físico. Ele me apareceu na juventude quando eu estava em oração.
Embora morasse numa comunidade judaica na Grécia, também não conheci nenhum de seus Apóstolos, apenas seus discípulos imediatos.
Demorei um pouco para conhecer a Doutrina Cristã. Era muito diferente do judaismo praticado na época: mais encantador, mais liberdade em Deus, menos Lei e mais Amor, menos cobrança de donativos e dízimos.
Diferente também do paganismo: não havia templos e nem Sacerdotes cobrando tributos, deuses em demasia e superstições.
Os Cristãos se reuniam nas casas - quando não havia perseguição romana, é claro. Quando a perseguição vinha, nos reuníamos nas Catacumbas. Tempo bom este, viu! Nos reuníamos para cantar os Salmos, ler as Escrituras e partilhar do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor em forma de pão e de vinho, mas tudo sem excesso de rituais. Por causa das perseguições tínhamos que nos manter bem unidos.
A Igreja não era lembrada como Casa de Deus, Casa de Oração, Templo. Não. A Igreja era simplesmente a reunião dos Santos, os Filhos de Deus nesta terra. Uma Congregação, uma Assembléia.
O Cristianismo era considerado O Caminho e não uma Instituição humana.
O Cristianismo, com o Poder de Deus realizando maravilhas, se espalhou por várias regiões do mundo conhecido. E os portentados da época começaram a vislumbrar nele uma forma de unir novamente o grande império romano.
A Igreja começou a ser vista por algumas características: Una (unidade na diversidade), Santa (porque Congregação dos Santos de Deus), Católica (destinada a todos os povos) e Apostólica (fundamentada na Doutrina dos Apóstolos). Mas não era Grega, nem Romana, nem Gaulesa. Porque se é Católica, é destinada a todos os povos e não somente a um.
Os grandes da Igreja começaram a fazer acordos com os Príncipes deste Mundo. Começaram a receber títulos honrosos e fazer interpretações da Doutrina Apostólica para agradar os seguidores do paganismo. Começaram a usar os antigos templos pagãos, tirando seus ídolos de barros e colocando outros em seu lugar, mudando o nome dos deuses para nomes dos Santos; ou simplesmente mantinham o mesmo nome, como o caso do deus Dionísio que virou São Dionísio.
A Força do Evangelho de Jesus deu lugar ao Evangelho da força. E a Igreja virou Católica Ortodoxa Grega, Católica Romana. Com o tempo a Igreja Romana quis ter a primazia de tudo. E houve o primeiro cisma.
Mas Jesus não abandonou a sua Igreja. Nela sempre surgiu vez ou outra homens de coragem para alertar o caminho da ruína.
Houve a Reforma. Mas infelizmente a Igreja Romana não quis aceitar as críticas e reconhecer os erros; e os reformadores também não respeitaram o princípio da autoridade, e ocorreu a divisão. Contudo, mantiveram alguns erros do sistema antigo: os templos, por exemplo.
Da Reforma surgiram outras vertentes, que persistem até os dias de hoje. A Força do Evangelho deu lugar ao Evangelho do dinheiro. E aqueles que tinham condições de mudar completamente o rumo da Igreja, fazendo-a voltar ao Primeiro Amor, fizeram o contrário, fazendo-a voltar ao primeiro horror, pois estão cometendo os mesmos erros que a Igreja Romana no Medievo. Vendendo água de Israel, óleo de Israel, lencinhos abençoados, sal grosso, entre outras mercadorias.
A Igreja, não importa se Romana, Grega, Evangélica, ou o que seja, retornou a tudo aquilo que Jesus criticou tanto no judaísmo quanto no paganismo: templos, Sacerdotes cobrando tributos, deuses em demasia, superstições, mercantilismo com os dízimos e a opressão da Lei antiga.
Os anos foram passando e eu vi tudo isto acontecendo. E não consegui fazer nada para mudar esta situação.
Sabe o porquê?
É que eu não sou um Highlander Cristão. Pode ficar tranquilo, isto não passou de uma história de ficção. Embora tenha alcançado a Imortalidade em Cristo, não vou viver para sempre neste corpo material. Mas fiz em Oração uma viagem mental pela história do Cristianismo e não pude ver outra coisa senão o que acabo de relatar. Comentem, discutam, vamos estudar meios de voltarmos ao Primeiro Amor do Cristianismo.
Em Jesus, o Centro da Vida Cristã,
Tudo isto tenho dito diante de Deus, dos Homens e dos Anjos, para maior Glória de Deus. Amém, Amém e Amém!
Eugênio Christi

Palavras Chave: Jesus Cristo, Igreja, Highlander Cristão, Primeiro Amor

1 comentários:

Gustavo Bastos disse...

Bem legal esta "viagem" pela história do cristianismo, é pena que muitos vejam a religião como mercadoria ou uma rede de negócios que envolvem gente humilde sendo explorada por bandidos através de tipologias bíblicas suspeitas a favor de interesses particulares e obscuros. Parabéns pelo texto!

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